O Estado do Vaticano converteu-se hoje à energia solar com a inauguração da sua primeira instalação de energias “limpas” no telhado da moderna sala Paulo VI, a dois passos da basílica de São Pedro.
Os 2400 painéis solares instalados no telhado da sala de cinco mil metros quadrados permitirão fornecer 300 megawatts (MW) por ano, com picos de 221 KW/hora, segundo o Vaticano.
A energia produzida servirá para as necessidades daquela sala - que acolhe regularmente audiências gerais do Papa, congressos e concertos – e a dois edifícios vizinhos. Permitirá economizar o equivalente a 80 toneladas de petróleo por ano.
A cidade do Vaticano desenvolve ainda outros projectos de energia renovável nos seus 44 hectares, entre eles uma instalação de aquecimento solar na sua “zona industrial”, que reúne os serviços técnicos do pequeno Estado.
O objectivo é produzir energia renovável suficiente para satisfazer 20 por cento das necessidades até 2020. Esta meta corresponde aos objectivos fixados pela União Europeia.
Desde o Verão de 2007, o Vaticano está envolvido na plantação de uma floresta na Hungria, gerida em seu nome por uma empresa americana-húngara mecenas, a Planktos-Klimafa. Esta reflorestação pretende colocar o Vaticano entre os primeiros Estados neutros a nível de emissões de gás carbónico. No âmbito do Protocolo de Quioto, um Estado pode obter créditos de emissão de gases com efeito de estufa ao investir em projectos sustentáveis em outros países.
O tema da ecologia surge frequentemente nas intervenções do Papa Bento XVI. Durante a sua viagem à Austrália, o Sumo Pontífice apelou a uma sensibilização para responder ao “grande desafio” que representa a protecção do ambiente.